quinta-feira, 23 de abril de 2009

Experimentações em novo álbum


Disco Forfun lança Polisenso, terceiro CD da careirra, com influências da música eletrônica e de ritmos latinos



Em um novo momento pessoal e musical, o grupo Forfun lança, após três anos, o esperado disco Polisenso. O quarteto carioca chega com mudanças e apostando nas novas influências, no amadurecimento e na personalidade.


"O Forfun hoje é amo. Por que só com o amor a gente vai conseguir as coisas. Nada tem o poder de substituí-lo. A música é um dos principais contatos com o divino que nós temos e nas letras nós tentamos passar cada vez mais essa mensagem, pois o amor é universal", define a nova fase do grupo o baterista Nícolas César.


Os garotos pretendiam colocar no disco um pouco de tudo que vinham escutando, pois a busca por novas sonoridades é constante. "A gente começou a ter contato com novos equipamentos quando entramos em estúdio para gravar, em 2005, o álbum Teoria Dinâmica Gastativa. E em 2006, passamos a escutar diversos sons que acabaram nos influenciando", conta Nícolas.


Com Vitor Isensee trocando a guitarra base pelos aparatos eletrônicos, como sintetizadores, escaleta, teclado e samplers, a Forfun chega mostrando a nova cara e estilo, sem perder a essência rok'n'roll. Mas agora com as batidas e infinitas possibilidades da música eletrônica e um pouco dos ritmos latino e do reggae.


Comprometimento - Danilo Cutrim (guitarra e voz), Nícolas Cesar (bateria), Vitor Isensee (eletrônica) e Rodrigo Costa (baixo) alugaram um apartamento de dois quartos no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro, em 2006. No ano seguinte, eles se mudaram para lá e moraram juntos por todo o ano e aproveitaram para montar um estúdio improvisado em um dos quartos. A partir daí, produziram todo o álbum, que começou a ser gravado no início de 2008 e foi finalizado no último trimestre do mesmo ano.


“Nós fomos morar juntos para buscar uma afinidade ainda maior. A própria convivência diária acaba permitindo intimidade até mesmo para as composições. Isso nos fez amadurecer bastante como pessoas e como profissionais”, lembra o baterista.


Segundo Nícolas, durante o processo de transição, Isensee foi o que mais se interessou pelo aprofundamento na musicalidade eletrônica. “Ele começou a escutar o lance e, quando começamos a gravar o Polisenso, ele entrou de cabeça. Como estávamos procurando uma riqueza maior para o nosso som, e a música eletrônica pode proporcionar isso, ele foi remanejado exclusivamente para isso”, explica.


Sonoridade – Os integrantes da banda escutaram, nesses últimos anos, diversos grupos como Rage Against The Machine, Red Hot Chili Pepers, Sublime, Salmonella Dub e Novos Baianos. Segundo Nícolas, o som de Bob Marley, a leitura de livros sbre espiritualidade e filosofia, e a música eletrônica foram fatores determinantes, tanto para a harmonia das músicas quanto para as composições.


Um dos resultados dessas novas experiências é o primeiro sngle do álbum e principal aposta do grupo, a música Sol ou Chuva, que já tem vídeoclipe nos programas musicais de tevê e das rádios de todo o País.


Os fãs do Forfun também irão se surpreender com canções como Uma Noite em Havana e Latina, que trazem muito swing.


Os cariocas, que já tocaram em Salvador, em 2006, pretendem voltar à cidade ainda no primeiro semestre desse ano. “Estamos ansiosos para voltar”, declara Nícolas César.